Vereador

Carmen Rodrigues Dassoler nasceu em 8 de dezembro de 1976, em Rio Branco, capital do Acre. Filha de Arnou Rodrigues Alvares e Hilda Correia de Melo, é a sexta de oito irmãos e cresceu em um lar humilde, porém repleto de fé, trabalho e dignidade. Seu pai trabalhava no frigorífico e sua mãe era cobradora de ônibus urbano. Desde cedo, Carmen e os irmãos tiveram que conciliar a infância com o trabalho para ajudar no sustento da família. Mesmo enfrentando dificuldades, sua mãe sempre lutou para que os filhos permanecessem na escola, crendo que só a educação poderia transformar suas vidas. A frase que ela repetia com firmeza – “O saber não ocupa espaço e esse ninguém tira da gente” – tornou-se um lema que Carmen leva consigo até hoje e repassa aos próprios filhos.

Carmen iniciou seus estudos no SESI e, mais tarde, conquistou uma bolsa de estudos no Instituto Imaculada da Conceição, um colégio de freiras. Aos 16 anos conseguiu seu primeiro emprego com carteira assinada e, à noite, continuava os estudos em escola pública. Sonhava com o futuro, gostava de música e dança, e tinha o desejo de conhecer o mar. Aos 17 anos conheceu o gaúcho Airton José Dassoler, que estava no Acre a passeio. O que começou como uma brincadeira em um barzinho virou uma grande história de amor que já dura mais de três décadas. Com menos de um ano de namoro à distância, Carmen viajou sozinha, por três dias e quatro noites, para Barão de Cotegipe–RS, cidade onde foi acolhida com carinho pela família de Airton, com quem se casou e construiu sua vida.

Trabalhou na creche municipal, foi aprovada em concurso público como auxiliar social e concluiu o ensino médio no Colégio Mário Quintana. Em 1999, enfrentou um dos momentos mais difíceis da vida: seu primeiro filho, Otávio Gabriel, nasceu com uma grave malformação cardíaca e faleceu aos seis meses de vida. Em meio à dor, veio a esperança: o nascimento de Samuel, em 2001, e, depois, de Gabriel, em 2007. Em 2005, a família retornou ao Acre com o sonho de empreender. Com muito esforço, abriram um pequeno mercado e moravam nos fundos. Carmen também vendia sanduíches naturais à noite para complementar a renda. Com trabalho incansável e fé inabalável, ampliaram o negócio e melhoraram de vida. Mesmo assim, a violência crescente em Rio Branco os forçou a voltar a Barão de Cotegipe em 2015, após um assalto traumático que colocou em risco a vida de seu marido e filho.

Já em Barão, Carmen passou a trabalhar com a sogra em um salão de beleza. Aproveitou os cursos que havia feito no Acre – cabeleireira, manicure, depiladora – e, com dedicação, recomeçou. Sempre engajada e sensível às necessidades das pessoas, começou a se interessar pela política, motivada também pela trajetória de familiares atuantes: seu cunhado Gladstone Dassoler (Xiru) foi vereador por cinco mandatos, sua sogra Neide Dassoler também foi vereadora, e seu esposo, Airton, foi suplente em 2004.

Em 2024, movida pela vontade de representar os que mais precisam e por acreditar que a política pode e deve ser instrumento de transformação social, Carmen lançou sua candidatura a vereadora pelo PSD. Com humildade, diálogo e forte presença comunitária, conquistou 231 votos e foi eleita, assumindo o compromisso de trabalhar com seriedade, transparência e sensibilidade. Para ela, estar vereadora é mais do que ocupar um cargo: é colocar o coração a serviço do povo e lutar diariamente por políticas públicas que melhorem a vida da população, sobretudo daqueles que enfrentam as maiores dificuldades.

Hoje, aos 48 anos, Carmen Rodrigues Dassoler reside em Barão de Cotegipe com o esposo Airton e os filhos Samuel, de 23 anos, e Gabriel, de 18. Sua história é marcada por superação, fé, trabalho e amor. E sua trajetória política, ainda no início, já demonstra o mesmo espírito determinado e generoso que a acompanhou por toda a vida: uma mulher que veio da luta, conhece a realidade do povo e acredita, com convicção, que a boa política pode ser a ponte entre o sonho e a dignidade.